Realidade X Ilusão

sábado, 9 de novembro de 2013
Realidade

Realidade pode ser denominada da seguinte forma: é a visão que cada pessoa tem no mundo, cada pessoa é um ser único e faz com que sua maneira de ver o mundo também seja única. Uma palavra que pode definir  “realidade” é “construção”. Sendo construção, a realidade é controlada pelos que podem construir socialmente. Vivemos  em um mundo onde, capitalismo é mais importante que a vida de um ser humano , onde a vaidade é mais importante que a saúde e a luxuria é mais importante que a família , essa é a nossa realidade.

Ilusão

Ilusão é como uma das mais perigosas propensões que o ser humano possa ter e não deve ser confundida com o imaginar, isto é a de ter ideias. A Ilusão oculta a verdadeira face das coisas, só permite ver o fácil e o belo de tudo. Uma vez instalada na mente das pessoas, ofusca a razão, anula o discernimento  e provoca desilusões.  






Gonçalves Dias

domingo, 3 de novembro de 2013

Gonçalves Dias (1823-1864) foi o primeiro grande poeta do romantismo. Nasceu no Maranhão, no mesmo estado teve contato com a poesia romântica-naciolalista quando estudou em Coimbra em Portugal.

Principais obras 


Deprecação, O Canto Do Piaga e O Canto Do Guerreiro

Romantismo

Nesta época o índio passou a ser considerado símbolo nacional. Os poetas escreviam de forma idealizada, exaltando sua coragem, honradez,pureza e beleza.


Características da primeira geração poética 

-Nacionalismo
-Exaltação da natureza
-Índio como herói nacional
-Religiosidade
-Sentimentalismo


Deprecação:

Tupã, ó Deus grande! cobriste o teu rosto

Com denso velâmen de penas gentis;

E jazem teus filhos clamando vingança

Dos bens que lhes deste da perda infeliz!


Tupã, ó Deus grande! teu rosto descobree:

Bastante sofremos com tua vingança!

Já lágrimas tristes choraram teus filhos

Teus filhos que choram tão grande mudança.


Anhangá impiedoso nos trouxe de longe

Os homens que o raio manejam cruentos,

Que vivem sem pátria, que vagam sem tino

Trás do ouro correndo, voraces, sedentos.


E a terra em que pisam, e os campos e os rios

Que assaltam, são nossos; tu és nosso Deus :

Por que lhes concedes tão alta pujança,

Se os raios de morte, que vibram, são teus?


Tupã, ó Deus grande! cobriste o teu rosto

Com denso velâmen de penas gentis;

E jazem teus filhos clamando vingança

Dos bens que lhes deste da perda infeliz.


Teus filhos valentes, temidos na guerra,

No albor da manhã quão fortes que os vi!

A morte pousava nas plumas da frecha,

No gume da maça, no arco Tupi!


E hoje em que apenas a enchente do rio .

Cem vezes hei visto crescer e baixar...

Já restam bem poucos dos teus, qu'inda possam

Dos seus, que já dormem, os ossos levar.


Teus filhos valentes causavam terror,

Teus filhos enchiam as bordas do mar,

As ondas coalhavam de estreitas igaras,

De frechas cobrindo os espaços do ar.


Já hoje não caçam nas matas frondosas

A corça ligeira, o trombudo quati...

A morte pousava nas plumas da frecha,

No gume da maça, no arco Tupi!


O Piaga nos disse que breve seria,

A que nos infliges cruel punição;

E os teus inda vagam por serras, por vales,

Buscando um asilo por ínvio sertão!


Tupã, ó Deus grande! descobre o teu rosto:

Bastante sofremos com tua vingança!

Já lágrimas tristes choraram teus filhos,

Teus filhos que choram tão grande tardança.


Descobre o teu rosto, ressurjam os bravos,

Que eu vi combatendo no albor da manhã;

Conheçam-te os feros, confessem vencidos

Que és grande e te vingas, qu'és Deus, ó Tupã!